João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque

 
João Pessoa 





João Pessoa foi um dos políticos que desafiou o mandonismo, tentando projetar a mais importante mudança socioeconômica dos anos 1920: a emergência de uma sociedade de base classista. Voltou-se para a mobilização popular como um meio de cortar pela raiz os fortes alinhamentos verticais em que se fundavam o clientelismo e a política de base familiar.
A pesar da ausência de um contexto político em que tal estratégia pudesse ser bem-sucedida, ele preferiu com ela o populismo que florescia nas décadas posteriores a 1930.
A estratégia do governador baseou-se na mobilização da opinião pública, cuja primeira manifestação política fora a denúncia do banditismo na passagem do século. O sucesso de seu apelo decorreu diretamente da erosão do controle social exercido particularmente pelos proprietários rurais.
As greves que se deram nas cidades e vilas, tanto no litoral como no interior, testemunharam um desafio paralelo aos laços de clientelismo para a popularidade de João Pessoa ás massas.
Embora o governador tenha mobilizado uma base multiclassista contra esse setor retrógrado da oligarquia, ele próprio representou um setor diverso, o dos profissionais urbanos e funcionários públicos de classe média.


 

Curiosidade sobre a Rua João Pessoa


  • A Rua João Pessoa localizada no centro da cidade teve várias denominações ao longo de sua história, como por exemplo, Rua da Areia e rua Dr. João Leite. Antigamente, quando existia o Cemitério localizado onde hoje se encontra as Boninas, a Rua João Pessoa também era conhecida com a estrada do Cemitério.


    • Fatos históricos de nossa cidade tiveram a Rua João Pessoa como seu palco. Foi lá o primeiro contato do futebol com o povo campinense, em treino organizado por Antônio Fernandes Bióca.



  • A Rua João Pessoa sempre serviu de grande entreposto comercial, principalmente no auge do algodão, fato que impulsionou o crescimento econômico de nossa cidade.



  • Com o assassinato do Presidente (Governador) da Paraíba, João Pessoa, uma grande comoção tomou conta do Estado, sendo fator decisivo para que a antiga rua Dr. João Leite fosse renomeada em homenagem ao ex-governador morto em 1930.




  • A Rua João Pessoa continua tendo um comércio muito forte, além de ser sede de várias agências bancárias da cidade, continuando assim a impulsionar o desenvolvimento comercial da Rainha da Borborema.



  • Fotos Atuais:








    1930 Assassinato de João Pessoa


"Abalou fortemente a população desta capital a notícia do assassínio do Sr. João Pessoa, presidente da Paraíba. Conhecidos os principais lances dessa cena indigna para os foros de civilização de um povo, levanta-se um coro unânime de condenação e protesto contra esse processo bárbaro de eliminação de uma alta autoridade política e administrativa. Os telegramas do nosso correspondente no Recife detalham o lutuoso fato e dão à impressão do horror que o assassínio produziu no governo, no povo e na culta sociedade". Jornal do Brasil
O governador da Paraíba, João Pessoa, candidato derrotado à vice-presidência na chapa da Aliança Liberal de Getúlio Vargas, morreu após não resistir aos tiros disparados por seu desafeto, o fazendeiro João Dantas, enquanto passeava numa confeitaria no Recife. Foi prontamente dada a ordem de prisão ao assassino, que acabou também baleado pelo motorista de João Pessoa, agindo em sua defesa. Ainda hoje se discute o real motivo do crime contra João Pessoa: se por questões políticas ou se de ordem passional. O episódio abalou a opinião pública, causando comoção nacional. E contribuiu com o clima emocional que desencadeou a Revolução de 30, movimento armado que culminou com a deposição do Presidente Washington Luís em 24 de outubro.


Telegrama da "Rádio Cruzeiro", noticiando o assassinato de João Pessoa.


 

O povo paraibano vai às ruas para a última homenagem




Casa de Detenção, local onde João Dantas foi preso e cometeu suicídio (?)


 

  

Funeral do Presidente do Estado da Paraíba




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