A implantação da República na Paraíba



O coronelismo

Na Paraíba a implantação da república, não foi precedida de movimentos organizados, nem, tampouco, da criação de um partido republicano. Há uma controvérsia se a Paraíba participou do movimento republicano.
De início, na Paraíba os políticos não foram atraídos pela a causa republicana, só quando houve mesmo a mudança que todos se apressaram a aderir a República e conquistar seu espaço no novo regime.
A República instalou-se, de acordo com os princípios do federalismo, permitindo liberdade aos estados para procederem de forma autônoma e, consequentemente consolidar o “coronelismo” e reforçar a dominação dos grupos que comandavam a política local.
Sendo assim, o “coronel” se afirmava na liderança efetiva por ele exercida como chefe político. Com a sua capacidade de angariar um bom contingente de eleitores, de “arrebanhar” votos e manter o eleitorado de “cabresto” ou “curral eleitoral”, o coronel garantia o seu poder.
Cumprindo ordens, os jagunços deviam controlar o voto dos eleitores, que naquela época era aberto. Essa prática de votar sob pressão ficou conhecida como voto de cabresto, em referência ao arreio usado para controlar burros e cavalos, comprando os eleitores a esses animais. A expressão popular indicava que a vontade dos eleitores não era respeitada, sendo obrigados pelos os coronéis a votar em determinado candidatos.
Observe a charge de Storni para a revista careta de 19 de fevereiro de 1927, fazendo referência ao voto de cabresto.



 



Além do voto de cabresto, era comum haver fraudes nas eleições visando garantir a vitória dos candidatos ligados aos coronéis mais poderosos. Dentre os tipos de fraude estavam à falsificação de documentos, permitindo que menores de idade e analfabetos votassem; a inscrição de eleitores, que já haviam morrido a violação de urnas, a adulteração de votos e fraude na contagem de votos.

 


Na Paraíba, durante a República Velha, as lutas entre famílias foram uma constante. A corrupção e a violência caracterizavam as disputas entre a Oligarquia situacionista e oposicionista nos municípios. Comumente “coronéis” mandavam “cabras” emboscar e agredir seus adversários, quando não se articulavam com bandos de cangaceiros para maior eficiência do serviço.
As oligarquias paraibanas, no decorrer da história republicana se definiram face ás novas condições políticas e econômicas em meio ao processo de reestruturação da economia nacional e regional e ás modificações político-sociais.
Consequentemente houve um fortalecimento de proprietários rurais do interior, que passam a construir a nova Oligarquia algodoeiro pecuária e a disputar o poder político a nível estadual com a tradicional Oligarquia açucareira.
Vale salientar, no entanto, que as bases da estrutura de poder permanecem essencialmente rurais, fundamentadas na propriedade da terra na dominação exercida pelos “coronéis” e na representação política de suas respectivas Oligarquias.
A maioria dos comerciantes e demais figuras de destaque nas cidades eram, ao mesmo tempo, fazendeiros. Não havia grandes diferenças entre o rural e o urbano.
Além dos cargos públicos, outro privilégio bastante disputado pelas Oligarquias era a condição de contratantes nas construções, para quais as verbas eram fartas. Sendo assim, tinham a oportunidade de beneficiar amigos e se beneficiar.
A República velha proporcionou a Paraíba um crescimento econômico, mas as condições de vida da massa trabalhadora foram se agravando, tanto no campo como na cidade.
Mas apesar das limitações impostas pelo rigoroso sistema de poder da dominação coronelística e oligarquia a que estava submetido, o operário paraibano, empreendeu várias greves, no ano de 1917 constitui-se no auge do movimento grevista desta fase, enquanto que nos anos de 1889-193 ocorreu um descenso.
Visto que houve vários tipos de repressão tanto governamental, como também através dos patrões.
A partir da rebelião de 30, a “política dos governadores” que na República Velha constituía veículo de consolidação do sistema de compromissos mútuos entre as situações dominantes nas diversas esferas do poder, foi substituída por um sistema cujas deliberações convergem para o governo federal, Através da intermediação dos interventores e departamentos administrativos. Criando uma máquina burocrática que escapava ao controle direto das Oligarquias regionais.
Os inventores eram elementos de confiança do governo federal, por ele nomeado, conferia-lhe certa independência em relação ás oligarquias local.
O processo de reconstrução Oligarquia na Paraíba não se operou de forma tranquila. As contradições internas das Oligarquias foram aguçadas, face ao impacto inicial da reordenação político-administrativa comandada pelo governo central.
Nos anos trinta, a reconstrução do poder oligárquico na Paraíba processa-se entrelaçada ao crescimento do movimento operário que, notadamente, em 1935 assume maior amplitude. Em contrapartida a presença do trabalhador urbano na cena política, embora seriamente limitada, influi no rearranjo das facções Oligárquicas acelerando sua unificação.
Dessa forma cada vez mais intensa e sistemática, tratou-se de eliminar qualquer idéia de mudança utilizando-se, para isso, o fantasma do “perigo vermelho”. Toda e qualquer alusão em favor dos trabalhadores é suspeita, é associada ao comunismo que é apresentado de forma mais abominável, responsável pelas piores barbaridades.


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Momento poético

Entre o raio de uma nova maneira de governa

A Paraíba elitizada ficou fiel ao imperador

Sendo que com chegada da Republica

Tal fidelidade acabou
Cada um a sua maneira
O seu lugar procurou e para não perde seu poder o voto de cabresto imperou.




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